capítulo 48

[NARRADO POR CAIO – O MURALHA]

O asfalto já tinha voltado, mas meu corpo ainda era barro, sangue e dor.

Cada curva de moto doía como tapa nas costelas quebradas.

Alana atrás de mim respirava pesado, agarrada na minha cintura com os dedos trêmulos, a camisa rasgada, a testa sangrando.

A gente era dois fantasmas sujos da explosão que o Brasil achava que tinha vencido.

Mas não tinha.

Ainda não.

Foi quando dobrei a última viela antes da entrada da Conquista… que vi.

Mais um carro da PM.

Disfarçado, mas ali. Parado. Vigiando.

Dois verme fardado dentro, rádio na mão, esperando o improvável.

— “Filhos da puta...” — murmurei.

Parei a moto no cantinho, debaixo da sombra de uma árvore seca.

— “Ainda tem cana aqui…” — falei baixo, rangendo os dentes.

Alana desceu da moto com dificuldade. Quase caiu. O joelho dela sangrava.

— “A gente não pode entrar. Se eles nos verem agora, acabou.”

— “Ninguém pode ver a gente. Nem mais uma alma.”

Foi então que passou um moleque. Devia ter uns
Sigue leyendo este libro gratis
Escanea el código para descargar la APP
Explora y lee buenas novelas sin costo
Miles de novelas gratis en BueNovela. ¡Descarga y lee en cualquier momento!
Lee libros gratis en la app
Escanea el código para leer en la APP