capítulo 43

[Narrado por Coronel Daniela Vasconcellos]

A porta da base bateu seca.

Vilela entrou. Corpo tenso, olhar atento. Quando ele fecha a porta e segura a ficha com força demais, eu entendo: tem algo se movendo.

Mas eu não gosto de movimento fora do meu comando.

— "Coronel... a Sargento Alana ainda não deu sinal."

Silêncio.

É isso. Nenhum rastro. Nenhuma confirmação. Nenhum corpo.

O que me irrita não é a ausência dela. É o vácuo de informação. A quebra do controle. Porque não há guerra mais perigosa que a que não se vê.

Vilela continua:

— "A viatura dela foi encontrada, vazia. Sem sangue, sem arma. Comunicador quebrado. Nenhuma testemunha que preste."

— "E a intel dos becos?"

— "Negativa. Conquista continua muda. Ninguém fala. Ninguém viu."

Revirei os olhos. Claro que ninguém viu. Aquilo é um buraco onde a lealdade à lei é enterrada com nome, data e culpa.

Pensei em Caio.

No Muralha.

No nome dele surgindo outra vez depois de tanto tempo enterrado entre registros velados e mis
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