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Tudo estava sendo planejado nos mínimos detalhes. Nada podia sair errado, a vida da Any estava em risco, e a ideia me corroía por dentro. O peso da responsabilidade era quase físico, um nó constante no meu estômago.
— Já deixaram o pessoal na sua casa de praia. Foi difícil convencer as meninas, elas queriam ir atrás da Any. — Marcão falou, sua voz rouca carregada de preocupação.
— Melhor deixá-las fora disso e longe daqui. Não quero mais ninguém em perigo. — Respondi, a imagem de Any em apuros martelando em minha mente.
— Davi bateu o pé e não queria ir, mas a vó o convenceu.
Um sorriso fraco brotou em meus lábios.
— Gosto demais daquele moleque, tem a teimosia da irmã, é um ótimo menino, nunca se envolveu na boca, ele será o futuro do nosso morro, já o vejo um grande médico.
Mais uma vez estávamos combinando o plano de resgate, debruçados sobre um mapa rabiscado na mesa da minha sala. Cada rota de fuga, cada possível obstáculo, era minuciosamente discutido, tudo tin