Sophia acordou antes do despertador.
Mas não foi por causa do compromisso, ou pelo cheiro de café no ar. Foi a lembrança do gemido. A imagem congelada de LadyInSilk, envolta em suor, respiração ofegante e lençóis encharcados. Três esguichos. Três. Cada um deles cravado em sua memória como uma tatuagem invisível.
Deitada na cama, o quarto ainda na penumbra da manhã, Sophia rolou para o lado e pegou o celular. Abriu o aplicativo sem hesitar. LadyInSilk havia encerrado a transmissão por volta das três da manhã, e mesmo com o sono escasso, Sophia a assistira até o fim.
Havia comentários, doações, elogios… mas nada de nova atividade. Nenhuma postagem. Nenhuma pista. Nada sobre a identidade da streamer que a enlouquecia mais a cada dia.
Ela passou os dedos sobre a imagem de perfil, como se pudesse sentir a pele da mulher através da tela.
— Quem é você…? — murmurou, com voz rouca e embriagada de desejo.
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Do outro lado da cidade, Luna despertava com o corpo pesado.
A live da noite an