O Silêncio da Espera e o Coração Partido
RAFAEL
Eu não podia mais ficar no hospital. Aquele pedido de Isabela para que eu fosse embora, ainda soava em meus ouvidos, perfurando minha alma. Fui para casa, sentindo um peso imenso. Emma estava comigo, trazida pela tia Benedita, que havia ido ao hospital depois que eu saí. O olhar de Emma era de uma tristeza que me cortava o coração. Ela estava sentada no chão da sala, assistindo TV, mas seus olhos estavam fixos em algo distante, perdidos em pensamentos.
— Pai? — a voz dela soou baixa, quase um sussurro.
— Sim, filha — respondi, tentando disfarçar a angústia. Eu estava no sofá, o celular na mão, observando alguns orçamentos para a reforma da nossa casa. Um plano para o futuro que agora parecia ter que acontecer mais rápido do que eu esperva.
Depois de tudo o que aconteceu, eu duvidava que Isa nos quisesse aqui. Aquele era o plano perfeito na minha cabeça: tê-la por perto, convivendo conosco, para que as lembranças dela voltassem. Eu realme