Quando cheguei à casa de Rita, a porta estava entreaberta, um convite sinistro que me gelou a alma. Uma luz fraca e sombria piscava no fim do corredor, como um farol macabro chamando-me para o desconhecido. Eu sabia que estava errado ao entrar sem pedir, invadindo a privacidade de alguém, mas a ansiedade por Isabela era maior do que qualquer regra, qualquer bom senso. Eu precisava ter certeza de que Rita não tinha nada a ver com o atraso de Isa, com o sumiço dela. Meu desespero me empurrava para frente.
Abri uma porta que deveria ser do quarto de Rita e dei um passo para trás, o ar me faltando nos pulmões. Meus olhos se arregalaram em choque, e um arrepio percorreu minha espinha. A luz estava acesa, revelando um cenário que me fez gelar até os ossos, um pesadelo se materializando diante de mim. Uma parede inteira estava coberta por um painel de fotos, como um altar profano erguido à obsessão. Havia inúmeras fotos minhas, de Jeniffer, de Emma… e, para o meu horror, algumas de Isabela,