A Casa ao Lado
Depois de usar mais uma vez o carro da minha tia, estacionei em frente à floricultura e entrei. Dona Nilda estava concentrada, arrumando um vaso de flores amarelas vibrantes.
— Bom dia, querida! — ela disse, levantando os olhos ao me ver. — Que bom que chegou. Será que você poderia me fazer um favor e levar essa entrega para mim? — Apontou para o vaso que ajeitava. — É para a Rua das Acácias, número 125. A cliente pediu para entregar até o meio-dia.
— Claro, Dona Nilda, sem problema nenhum — concordei na hora. Qualquer coisa para ocupar a mente e sair um pouco da rotina.
Peguei o vaso com cuidado, admirando a beleza das flores.
— São margaridas? — perguntei, curiosa.
— Isso mesmo, minhas preferidas! — ela respondeu com um sorriso. — A cliente de hoje também parece gostar muito. Deixei o endereço anotado aqui. — Me entregou um pequeno pedaço de papel com as informações.
Coloquei o vaso com delicadeza no banco de trás do carro da minha tia.
— Tudo certo. Já volto.
Liguei o