Capítulo 68 - Neblina

O Cálice e o Gato

Após se recompor, Jonas não vai direto ao julgamento.

Há algo que ficou martelando na memória:

um cálice de vidro, próximo a uma estátua de gato, que viu dias atrás em um dos apartamentos, mas que, na confusão, não investigou.

Ele sobe do subsolo até o apartamento 707 — onde lembra ter visto a tal estátua na última vez que passou pelo corredor.

A porta está trancada, mas a madeira é velha.

Uma leve pressão com o ombro e ela se abre.

O interior do 707

O cheiro de poeira é intenso, mas há uma organização quase ritualística no ambiente.

No centro da sala, sobre uma mesa coberta por um pano de veludo, está a estátua de um gato preto, de pedra polida, com olhos de vidro amarelo.

Ao lado, o cálice de vidro transparente, delicado, com detalhes dourados na borda.

Jonas se aproxima e percebe:

O cálice não está vazio.

Dentro, há um líquido escuro, espesso, que parece não evaporar.

Ao tocar levemente a borda, o vidro emite um som agudo, como se vibrasse com frequência própria.

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