Jonas recuou, lançando um último olhar desconfiado para o alçapão encoberto. Aquilo podia esperar. O tempo era curto, e ele precisava reunir os elementos certos para o ritual — antes que o Pesador ou o que quer que fosse aquela presença voltasse a se manifestar.
Com passos apressados, mas ainda silenciosos, ele retornou ao apartamento onde havia deixado a vizinha desacordada. Trancou a porta atrás de si e deixou o colar com a pedra azul sobre a mesa, como se aquele objeto carregasse alguma presença que ainda pulsava.
Lembrou-se do que precisava:
O nome completo do Pesador.
Um tipo específico de papel — possivelmente algo orgânico ou antigo.
Uma caneta azul.
Algo que pudesse congelar ou conservar o ritual.
E o mais difícil: intenção. A energia certa.
Foi até a cozinha. Vasculhou gavetas e encontrou papéis antigos, guardanapos encardidos, folhas de caderno... até que, num canto da última gaveta, achou um bloco de anotações encapado com couro fino. As folhas ali dentro eram porosas, quas