AVERY WELLES
— Esse é lindo, Mari.
— É, para os anos 1960! — ela grita passando pela página com letras grossas. Seus olhos brilharam ao ver o próximo vestido. Uma saia ampla e bufante, com corpete de contas e decote coração num tom deslumbrante de marfim. — Agora, é disso que estou falando!
— É, se você for chegar numa carruagem transformada em abóbora com ratos como motoristas. — brinco. Pego a xícara de chá na mesa de centro, seguro-a entre as mãos e tomo um gole enquanto Marissa dobra a ponta da revista, marcando a página para consultar mais tarde. — O que aconteceu com todo aquele casamento descalço na praia em Ibiza?
— Ah, bem, eu acho que ter todo esse espaço e esse vestido grande é mais... adulto?
Franzo a testa, formando uma ruga entre as sobrancelhas.
— Adulta? Isso vem da garota que tem uma tatuagem citando Peter Pan, o garoto que nunca cresceu?
Me referi à escritura ilegal e rebelde que ela rabiscou permanentemente em suas costelas aos dezessete anos, citando “Não c