LOGAN BRYTHE
Eu nunca fui fã de nada assustador. Sempre fui do tipo que enfrenta monstros de frente, sejam eles figurativos ou reais. Mas havia algo muito mais aterrorizante do que qualquer filme de terror ou documentário criminal: ver o medo estampado nos olhos dela.
Mesmo adormecida, seu corpo estava tenso, como se lutasse contra alguma ameaça invisível. Ela se mexeu, e eu tirei os olhos da estrada por um segundo para observá-la. Seus cílios tremeram antes de abrir os olhos, e vi o momento exato em que a realidade desabou sobre ela.
Ela se sobressaltou.
— Calma. — murmurei, tentando manter a voz firme, baixa. Era difícil, considerando que meu coração ainda batia acelerado desde a noite anterior. — Você está bem?
Ela estava desorientada, a voz rouca, os olhos semicerrados de exaustão.
— Onde estamos?
— Itália. — respondi. — Positano, para ser exato.
Foi só quando ela murmurou um “Nunca estive aqui antes” que me permiti soltar uma risada curta. Claro que não eram as circunstâ