AVERY WELLES
Os músculos das costas dele se contraem e brilham com gotas de suor, seus pés batem na esteira enquanto ele se esforça para acelerar o passo. Felizmente, ele estava de frente para as portas abertas e não para as janelas pelas quais eu estava olhando.
Respiro fundo e empurro a porta, sendo imediatamente inundada pelo estrondo da música que se aprisiona na sala à prova de som. Estremeço, sabendo que minha voz não seria ouvida por causa da música. Mordendo o lábio, pressiono o botão de pausa e o observo se encolher.
— Desculpe. — murmurei, enquanto ele diminuía o passo. — Eu sabia que você não me ouviria.
Ele balançou a cabeça, pegou a toalha da cadeira e enxugou a testa suada.
— Não se desculpe. Costumo malhar com música alta demais, isso clareia meus pensamentos.
Meus olhos ansiavam por manter o foco em seu rosto e não se desviar para sua glória seminua que provocava meus sentidos. Pigarreio e observo um sorrisinho malicioso surgir em seus lábios.
— Algo que você queria?