Megan agradeceu com um aceno sutil, e só então Benjamim saiu, a porta fechando-se com um clique suave. Ela sabia que algo estava em andamento, uma sombra de segredos que pairava sobre ele, mas preferiu não perguntar. Envolver-se nos assuntos da máfia, que ele comandava com tanta autoridade, não lhe parecia seguro — nem desejável.
Ela subiu as escadas para verificar Sophia. Encontrou-a dormindo, o rosto sereno, provavelmente sob o efeito de um remédio para a dor de cabeça que mencionou. Megan deixou o quarto em silêncio, um vazio inquietante tomando conta dela.
Sentia-se entediada, presa numa mansão que, apesar de luxuosa, parecia sufocá-la. Acostumada a uma vida ativa, sempre trabalhando, agora se via limitada, sem permissão para sair ou se ocupar. Ela havia terminado o livro que Benjamim lhe emprestou, e a ideia de buscar outro surgiu como um alívio. Ler era um refúgio, uma forma de preencher o tempo que se arrastava.
Megan dirigiu-se ao escritório, guardou o livro lido na estante e