Por volta das quatro e meia da manhã, Benjamim, como de costume, não conseguiu dormir. Levantou-se, o corpo inquieto, e se dirigiu à academia da propriedade, onde buscava alívio na rotina exaustiva dos exercícios, uma prática que repetia quase todas as noites.
Interrompeu o treino por um momento e pegou o telefone. Ligou para Andrew, mesmo sabendo que a hora era imprópria. Queria confirmar que tudo estava sob controle, especialmente porque sabia que Megan perguntaria por Melinda. Precisava de respostas para ela, uma forma de manter a confiança que ela depositava nele.
— Desculpe ligar a essa hora — começou, a voz carregada de uma tensão contida.
— Não conseguiu dormir de novo? — perguntou Andrew, que conhecia bem a insônia do irmão.
— Como sempre — respondeu Benjamim, com um tom seco. — Mas me diz, como estão as coisas por aí?
— O efeito do sedativo passou, mas Melinda ainda não acordou. — Andrew olhou para ela ao responder, a voz tingida de preocupação. — Para ser honesto, comecei a