Naquele momento, não apenas Benjamin, mas todos no carro estavam tomados por apreensão e desespero. Marcos pisava fundo no acelerador, determinado a transformar um trajeto de vinte minutos em apenas dez. Megan permanecia assustadoramente quieta, e Benjamin precisava que ela falasse, que se mantivesse consciente.
— Ei, olha para mim — disse Benjamin, a voz tremendo enquanto segurava o rosto dela com delicadeza. — Vai ficar tudo bem. Você não devia ter feito aquilo, não era para ter se colocado na frente daquele tiro.
Megan, com a voz fraca e quase inaudível, respondeu:
— Não é irônico? Nossa história começou com um tiro... e agora vai terminar com um tiro também.
— Não ouse falar isso! — retrucou Benjamin, lutando para controlar as emoções, os olhos marejados. — Nada vai terminar aqui, entendeu? Você vai sair dessa, e eu ainda vou brigar muito com você por causa disso. E, pode apostar, ainda vou te castigar pelo que fez.
Benjamin não conseguiu mais conter as emoções. Ele sorria para Me