Benjamim se levantou da cadeira, deixando o laptop de lado, e caminhou até ela com passos lentos, quase predatórios. Parando diante de Megan, ele pegou o porta-retrato de suas mãos, os dedos roçando os dela de propósito, enviando um arrepio sutil por sua pele. A proximidade dele era magnética, o calor de seu corpo a envolvendo enquanto ele segurava a fotografia, mas seus olhos estavam fixos nela, não na imagem.
— Antes de nosso pai morrer, vivíamos todos sob o peso dessas obrigações — começou Benjamim, a voz carregada de lembranças enquanto segurava o porta-retrato. — Nenhum de nós três era poupado, mas eu, por ser o mais velho, sempre fui o mais cobrado. Quando ele morreu e assumi o comando, tentei dar a eles a liberdade que sempre quiseram… e que eu também queria. — Ele fez uma pausa, seus olhos distantes, antes de se sentar em uma das poltronas do escritório, ainda segurando a foto.
Megan o observava, absorvendo cada palavra, sentindo a vulnerabilidade que ele raramente deixava tra