Benjamim despertou lentamente, piscando para ajustar a visão enquanto analisava o ambiente ao seu redor. Ele se lembrava de estar na casa da mulher que o ajudou, mas percebeu que já não estava mais lá. Agora estava em outro lugar.
Seus olhos recaíram sobre o braço, onde viu o cateter conectado a um soro. Foi nesse momento que percebeu estar em uma clínica ou hospital. Levantando o olhar, avistou Caio sentado em uma cadeira próxima, os olhos fixos em algo no iPad. Ele parecia tão concentrado que nem notou que Benjamim havia acordado.
— Muito trabalho ou está vendo pornografia? — provocou Benjamim, arrancando Caio de sua concentração.
Caio ergueu os olhos do iPad, surpreso, e se aproximou da cama.
— Como você está se sentindo? — perguntou, com um tom genuinamente preocupado.
— Como alguém que levou um tiro — respondeu Benjamim, esboçando um meio sorriso.
— Pelo visto, está bem. Já está até fazendo piadas. Mas, falando sério, está mesmo se sentindo bem? — insistiu Caio, com o