O tempo passou em um piscar de olhos, e agora, Lorena estava no final de sua gestação. Ao longo desses meses, muitas coisas aconteceram. Camila e Gustavo finalmente assumiram o namoro e estavam mais apaixonados do que nunca, a felicidade deles transbordando a cada dia. Enzo, por sua vez, estava de paquera com Nina; os dois tinham saído juntos várias vezes, trocando carícias e se divertindo, mas nada sério ainda havia sido oficializado entre eles.
A gestação de Lorena fora tranquila, e ela se cuidava com dedicação. Rick fazia o possível para mantê-la afastada dos assuntos da máfia, mas, às vezes, ela o via chegar em casa com a camisa suja de sangue, o olhar tenso. Ela evitava questioná-lo, preferindo não se preocupar ainda mais com os riscos que ele corria em seu mundo de sombras.
Após muitas entrevistas, Lorena finalmente contratou duas pessoas para ajudar com a limpeza e organização da casa, além de uma outra para auxiliar Margô na cozinha. Margô adorava a ajuda extra
Nesse momento, Gustavo apareceu por trás de Camila, envolveu-a em um abraço caloroso e beijou suavemente a sua orelha.— Oi, minha linda. — Disse ele, a voz suave e acolhedora.Rick se acabou de rir, olhando para Camila com uma expressão divertida.— Você precisava ver sua cara, Camila, desesperada quando disse que o Gustavo tinha ido para longe. — Rick comentou, sem conseguir controlar a risada.Camila, rindo também, deu um tapinha de leve no braço de Rick, mas com um sorriso travesso.— Você é um idiota. — Disse ela, ainda brincando, mas com um brilho nos olhos.Rick sorriu de volta, mas a seriedade de sua expressão voltou rapidamente.— Você tem sorte de ser a melhor amiga de Lorena. — Ele disse, mas o sorriso brincalhão voltou logo depois.Gustavo se inclinou para perto de Camila, falando em seu ouvido com um tom de voz suave, mas firme.— Camila, cuidado com o que você fala com o Rick. — Ele sussurrou, os olhos fixo
— Lorena, você está fazendo bem. Agora, eu preciso que você faça força — a voz do Dr. Gabriel soou firme e segura, como se ele fosse a âncora em um mar revolto. Ele já estava lá, esperando, com sua expressão tranquila, dominando a situação com uma serenidade que parecia quase sobrenatural.Lorena apertava com força a mão de Rick, que se mantinha ao seu lado, com o rosto transbordando preocupação e amor. O suor escorria pela testa de Lorena, seu corpo tremer de dor e exaustão, mas ela seguia em frente. Ela sentia o calor das mãos de Rick, seu toque como um farol de luz em meio à tempestade de emoções e sensações que a envolviam.— Você consegue, meu amor — Rick sussurrou em seu ouvido, suas palavras quase inaudíveis, mas cheias de emoção. Ele não sabia como aliviar sua dor, mas sabia que estar ali, ao lado dela, era a única coisa que podia fazer.Cada contração vinha como uma onda, forte e implacável. O som do monitor cardíaco, que ecoava pela sala, parecia ritma
O hospital estava mergulhado em sua calmaria habitual, apenas o som distante dos monitores cardíacos e o murmúrio dos funcionários preenchiam os corredores. Lorena Fischer aproveitava esse breve momento de paz em sua sala, organizando alguns relatórios, quando uma voz grave e furiosa cortou o silêncio.— Cadê o médico? Não tem médico nessa porra não?! — A voz ecoou pela recepção, carregada de impaciência e fúria.Camila, a enfermeira, ergueu o olhar, mantendo a postura profissional.— Senhor, por favor, acalme-se. Em que posso ajudá-lo?O homem à sua frente não parecia disposto a ouvir. Sua mandíbula estava travada, os olhos intensos como lâminas afiadas, e a presença dele exalava autoridade.— Eu quero a porra de um médico AGORA!Lorena franziu a testa ao ouvir a discussão. Saiu da sala com passos firmes, sentindo a tensão no ar aumentar a cada segundo. Assim que chegou à recepção, seus olhos captaram a cena. Um homem de terno preto, ombros largos e expressão feroz dominava o espaço.
A sala estava silenciosa, exceto pelo bip ritmado dos monitores cardíacos e pelo sutil zumbido do ar-condicionado. O cheiro de antisséptico ainda dominava o ambiente, misturando-se ao leve aroma metálico de sangue seco. Lorena examinava o paciente, conferindo seus sinais vitais, quando um movimento brusco fez seu coração disparar.Gustavo Maxwell agarrou seu braço com força inesperada.— Ai, meu Deus! — ela exclamou, recuando levemente. — Você quase me mata de susto!Os olhos dele estavam confusos, piscando várias vezes antes de se fixarem nela.— Onde eu estou? — sua voz saiu rouca, carregada de sono e desorientação.Lorena sorriu, profissional, mas aliviada.— Sou a Dra. Lorena. Que bom que você acordou. Seu amigo já estava surtando porque não deixei ele te ver.— Por quê? — Gustavo franziu a testa, ainda tentando processar a informação.— Você passou por uma cirurgia bem delicada e ficou inconsciente por dois dias.— Dois dias? — ele repetiu, incrédulo. — Com certeza o chefe deve e
O olhar de Rick se tornou ainda mais frio.— Dra., preciso tirar ele daqui ainda hoje. Saia desse quarto agora e volte com a alta dele assinada — ordenou, sua voz carregada de ameaça.Lorena cruzou os braços, desafiadora.— Senhor, como eu disse...Rick deu um passo à frente, sua presença tornando-se opressora.— Dra., saia agora da porra do quarto, antes que eu...— Espera, chefe! — interrompeu Gustavo, com esforço. — Dra., por favor, vá... depois você volta.Lorena lançou um último olhar a Rick, contendo sua raiva, e saiu do quarto sem dizer mais nada. Assim que chegou ao seu consultório, soltou um suspiro frustrado e passou as mãos pelos cabelos.— Meu Deus, o que foi aquilo? Esse homem é louco, só pode! — murmurou, sentindo a raiva borbulhar dentro de si.***No quarto, o silêncio era interrompido apenas pelo barulho distante dos monitores cardíacos e pelo leve zumbido das lâmpadas fluorescentes. Gustavo, ainda pálido, ergueu os olhos para Rick Ocasek, que mantinha a expressão dur
Ele se aproximou da mesa de Lorena, olhando-a com uma intensidade que a fez desviar ligeiramente o olhar, antes de retomar o contato visual. O cheiro de seu perfume, algo amadeirado e ligeiramente picante, chegou antes dele.— Boa tarde, Dra. Lorena, sou o detetive Matt Dallas. Gostaria de fazer algumas perguntas. — A voz dele era profunda, rouca, com um tom sério, mas ainda assim carregado de um leve toque de desafio.Lorena ajustou-se na cadeira de couro, um leve estalo do material quebrando o silêncio. Ela manteve a postura ereta, mas seus olhos estavam agora focados no detetive. A luz que entrava pela janela iluminava o rosto dele, destacando a mandíbula forte e os olhos azuis penetrantes, que nunca a deixaram de encarar.— Boa tarde, detetive. Em que posso ajudar? — Ela respondeu, com a calma característica de quem lida com urgências todos os dias, mas sem perder a vigilância. E se recostou na cadeira de couro escuro, cruzando as pernas de forma graciosa.Dallas puxou uma pasta p
Em casa, Lorena se preparava para a noite que prometia ser inesquecível. Ela estava no quarto, diante do espelho, estudando sua aparência com um olhar crítico. O cheiro suave de seu perfume favorito – uma mistura de jasmim e sândalo – preenchia o ar, envolvente e sedutor. A luz suave da lâmpada do abajur batia sobre o rosto dela, destacando seus traços marcantes, enquanto o som do zíper do vestido cortava o silêncio do quarto.Ela queria algo que chamasse atenção, algo que deixasse claro que estava ali para se divertir, para ser o centro das atenções. O vestido vermelho, bem curto, tomara-que-caia, se encaixou perfeitamente em seu corpo, contornando suas curvas e deixando à mostra uma boa parte da tatuagem que se estendia pela sua coxa. O decote profundo, provocante, fazia a tensão no ar aumentar, como se o simples olhar para ela fosse suficiente para despertar desejos não ditos.Lorena sorriu para o reflexo no espelho, passando os dedos nos seus cabelos loiros e soltando-os, deixando
Ele observava, em silêncio, enquanto um rapaz se aproximava de Lorena, a abraçando e beijando sua bochecha. Ela sorriu para ele, parecendo se divertir, mas Rick franziu o cenho, sentindo uma ponta de ciúmes desconhecido.Pensamento de Rick: Será que é namorado dela? Porra, eu quero essa garotinha atrevida para mim.Ele balançou a cabeça, tentando se concentrar. Então, com um gesto de comando, ele se voltou para o segurança.— Está vendo a Dra. Logo ali? Vá até lá e avise a ela que tem alguém esperando. Ela deve subir aqui na área VIP agora. — Rick ordenou, sua voz autoritária.O segurança, atento, fez uma leve reverência e se dirigiu para a pista de dança. Enquanto isso, Rick se acomodava na poltrona, a luz das lâmpadas refletindo nos vidros do seu copo de whisky. Ele sentiu um leve desconforto em sua garganta, talvez pelo excesso de tensão que sentia desde que avistou Lorena. Mas não se importava. Queria ela. Precisava