Enquanto isso, na casa de Lorena, o dia começava com uma tranquilidade rotineira. Lorena despertou na cama sozinha, o silêncio da casa invadindo o quarto. A luz suave da manhã entrava pelas cortinas, iluminando o ambiente de forma acolhedora. Ela espreguiçou-se e, sem pressa, levantou-se, seguindo para a área do banheiro para sua higiene matinal. O som do chuveiro e o aroma do sabonete perfumado preenchiam o ar enquanto ela se preparava para o dia.
Enquanto ela estava se arrumando, o aroma do café fresco começou a invadir a casa. A mistura de café recém-preparado com o leve cheiro de panquecas fritas trazia uma sensação acolhedora, que logo a fez sorrir.
Ao entrar na cozinha, o cheiro ficou ainda mais intenso.
— Bom dia, Margô. — Lorena disse com um sorriso suave, encontrando a cozinheira que preparava o café da manhã.
— Bom dia, senhora Lorena. — Margô respondeu com um sorriso gentil, sempre atenta ao que a patroa precisasse.
— Hum... Você fez pan
O tempo passou em um piscar de olhos, e agora, Lorena estava no final de sua gestação. Ao longo desses meses, muitas coisas aconteceram. Camila e Gustavo finalmente assumiram o namoro e estavam mais apaixonados do que nunca, a felicidade deles transbordando a cada dia. Enzo, por sua vez, estava de paquera com Nina; os dois tinham saído juntos várias vezes, trocando carícias e se divertindo, mas nada sério ainda havia sido oficializado entre eles.A gestação de Lorena fora tranquila, e ela se cuidava com dedicação. Rick fazia o possível para mantê-la afastada dos assuntos da máfia, mas, às vezes, ela o via chegar em casa com a camisa suja de sangue, o olhar tenso. Ela evitava questioná-lo, preferindo não se preocupar ainda mais com os riscos que ele corria em seu mundo de sombras.Após muitas entrevistas, Lorena finalmente contratou duas pessoas para ajudar com a limpeza e organização da casa, além de uma outra para auxiliar Margô na cozinha. Margô adorava a ajuda extra
Nesse momento, Gustavo apareceu por trás de Camila, envolveu-a em um abraço caloroso e beijou suavemente a sua orelha.— Oi, minha linda. — Disse ele, a voz suave e acolhedora.Rick se acabou de rir, olhando para Camila com uma expressão divertida.— Você precisava ver sua cara, Camila, desesperada quando disse que o Gustavo tinha ido para longe. — Rick comentou, sem conseguir controlar a risada.Camila, rindo também, deu um tapinha de leve no braço de Rick, mas com um sorriso travesso.— Você é um idiota. — Disse ela, ainda brincando, mas com um brilho nos olhos.Rick sorriu de volta, mas a seriedade de sua expressão voltou rapidamente.— Você tem sorte de ser a melhor amiga de Lorena. — Ele disse, mas o sorriso brincalhão voltou logo depois.Gustavo se inclinou para perto de Camila, falando em seu ouvido com um tom de voz suave, mas firme.— Camila, cuidado com o que você fala com o Rick. — Ele sussurrou, os olhos fixo
— Lorena, você está fazendo bem. Agora, eu preciso que você faça força — a voz do Dr. Gabriel soou firme e segura, como se ele fosse a âncora em um mar revolto. Ele já estava lá, esperando, com sua expressão tranquila, dominando a situação com uma serenidade que parecia quase sobrenatural.Lorena apertava com força a mão de Rick, que se mantinha ao seu lado, com o rosto transbordando preocupação e amor. O suor escorria pela testa de Lorena, seu corpo tremer de dor e exaustão, mas ela seguia em frente. Ela sentia o calor das mãos de Rick, seu toque como um farol de luz em meio à tempestade de emoções e sensações que a envolviam.— Você consegue, meu amor — Rick sussurrou em seu ouvido, suas palavras quase inaudíveis, mas cheias de emoção. Ele não sabia como aliviar sua dor, mas sabia que estar ali, ao lado dela, era a única coisa que podia fazer.Cada contração vinha como uma onda, forte e implacável. O som do monitor cardíaco, que ecoava pela sala, parecia ritma
O hospital estava mergulhado em sua calmaria habitual, apenas o som distante dos monitores cardíacos e o murmúrio dos funcionários preenchiam os corredores. Lorena Fischer aproveitava esse breve momento de paz em sua sala, organizando alguns relatórios, quando uma voz grave e furiosa cortou o silêncio.— Cadê o médico? Não tem médico nessa porra não?! — A voz ecoou pela recepção, carregada de impaciência e fúria.Camila, a enfermeira, ergueu o olhar, mantendo a postura profissional.— Senhor, por favor, acalme-se. Em que posso ajudá-lo?O homem à sua frente não parecia disposto a ouvir. Sua mandíbula estava travada, os olhos intensos como lâminas afiadas, e a presença dele exalava autoridade.— Eu quero a porra de um médico AGORA!Lorena franziu a testa ao ouvir a discussão. Saiu da sala com passos firmes, sentindo a tensão no ar aumentar a cada segundo. Assim que chegou à recepção, seus olhos captaram a cena. Um homem de terno preto, ombros largos e expressão feroz dominava o espaço.
A sala estava silenciosa, exceto pelo bip ritmado dos monitores cardíacos e pelo sutil zumbido do ar-condicionado. O cheiro de antisséptico ainda dominava o ambiente, misturando-se ao leve aroma metálico de sangue seco. Lorena examinava o paciente, conferindo seus sinais vitais, quando um movimento brusco fez seu coração disparar.Gustavo Maxwell agarrou seu braço com força inesperada.— Ai, meu Deus! — ela exclamou, recuando levemente. — Você quase me mata de susto!Os olhos dele estavam confusos, piscando várias vezes antes de se fixarem nela.— Onde eu estou? — sua voz saiu rouca, carregada de sono e desorientação.Lorena sorriu, profissional, mas aliviada.— Sou a Dra. Lorena. Que bom que você acordou. Seu amigo já estava surtando porque não deixei ele te ver.— Por quê? — Gustavo franziu a testa, ainda tentando processar a informação.— Você passou por uma cirurgia bem delicada e ficou inconsciente por dois dias.— Dois dias? — ele repetiu, incrédulo. — Com certeza o chefe deve e
O olhar de Rick se tornou ainda mais frio.— Dra., preciso tirar ele daqui ainda hoje. Saia desse quarto agora e volte com a alta dele assinada — ordenou, sua voz carregada de ameaça.Lorena cruzou os braços, desafiadora.— Senhor, como eu disse...Rick deu um passo à frente, sua presença tornando-se opressora.— Dra., saia agora da porra do quarto, antes que eu...— Espera, chefe! — interrompeu Gustavo, com esforço. — Dra., por favor, vá... depois você volta.Lorena lançou um último olhar a Rick, contendo sua raiva, e saiu do quarto sem dizer mais nada. Assim que chegou ao seu consultório, soltou um suspiro frustrado e passou as mãos pelos cabelos.— Meu Deus, o que foi aquilo? Esse homem é louco, só pode! — murmurou, sentindo a raiva borbulhar dentro de si.***No quarto, o silêncio era interrompido apenas pelo barulho distante dos monitores cardíacos e pelo leve zumbido das lâmpadas fluorescentes. Gustavo, ainda pálido, ergueu os olhos para Rick Ocasek, que mantinha a expressão dur
Ele se aproximou da mesa de Lorena, olhando-a com uma intensidade que a fez desviar ligeiramente o olhar, antes de retomar o contato visual. O cheiro de seu perfume, algo amadeirado e ligeiramente picante, chegou antes dele.— Boa tarde, Dra. Lorena, sou o detetive Matt Dallas. Gostaria de fazer algumas perguntas. — A voz dele era profunda, rouca, com um tom sério, mas ainda assim carregado de um leve toque de desafio.Lorena ajustou-se na cadeira de couro, um leve estalo do material quebrando o silêncio. Ela manteve a postura ereta, mas seus olhos estavam agora focados no detetive. A luz que entrava pela janela iluminava o rosto dele, destacando a mandíbula forte e os olhos azuis penetrantes, que nunca a deixaram de encarar.— Boa tarde, detetive. Em que posso ajudar? — Ela respondeu, com a calma característica de quem lida com urgências todos os dias, mas sem perder a vigilância. E se recostou na cadeira de couro escuro, cruzando as pernas de forma graciosa.Dallas puxou uma pasta p
Em casa, Lorena se preparava para a noite que prometia ser inesquecível. Ela estava no quarto, diante do espelho, estudando sua aparência com um olhar crítico. O cheiro suave de seu perfume favorito – uma mistura de jasmim e sândalo – preenchia o ar, envolvente e sedutor. A luz suave da lâmpada do abajur batia sobre o rosto dela, destacando seus traços marcantes, enquanto o som do zíper do vestido cortava o silêncio do quarto.Ela queria algo que chamasse atenção, algo que deixasse claro que estava ali para se divertir, para ser o centro das atenções. O vestido vermelho, bem curto, tomara-que-caia, se encaixou perfeitamente em seu corpo, contornando suas curvas e deixando à mostra uma boa parte da tatuagem que se estendia pela sua coxa. O decote profundo, provocante, fazia a tensão no ar aumentar, como se o simples olhar para ela fosse suficiente para despertar desejos não ditos.Lorena sorriu para o reflexo no espelho, passando os dedos nos seus cabelos loiros e soltando-os, deixando