A aurora tingia o céu com tons pálidos de lavanda e dourado quando Emeraude se afastou da clareira. Cada passo seu parecia ressoar com ecos antigos, como se a própria terra reconhecesse a mudança que havia acontecido dentro dela. O Grito da Redenção ainda vibrava em seu peito — um poder silencioso, adormecido, mas pulsante.
Ilyra a observava em silêncio, com os cabelos azuis espalhados pelo vento matinal. Desde que haviam libertado Aelynn, o véu entre os mundos parecia mais fino, como se a fronteira que separava os vivos dos mortos agora respirasse. O equilíbrio fora restaurado, sim — mas por quanto tempo?
— Você sente isso? — Emeraude perguntou, olhando para as árvores.
— Sinto. — Ilyra respondeu. — O véu está sussurrando de novo. Outras vozes… estão acordando.
As duas caminharam até o Refúgio dos Ecos, onde Kaien e Alisha já as esperavam. O lugar, antes tomado por sombras e batalha, agora estava em paz. Musgos brilhavam com leveza sobre pedras e raízes, como se o mundo espiritual ta