O entardecer chegou tingido de tons púrpura e escarlate, como se o próprio céu pressentisse a aproximação de algo sombrio. O grupo agora contava com quatro banshees, mas a euforia das vitórias anteriores dava lugar a um silêncio espesso. Algo no véu havia mudado. Os ecos antes claros e suplicantes tornaram-se distorcidos, como gritos abafados por lama.
Emeraude sentia isso com clareza crescente. Sua conexão com as vozes estava mais forte, mais vívida — mas também mais dolorosa. As memórias que atravessavam seu espírito vinham em fragmentos desconexos, como visões de um pesadelo partilhado.
— Há algo errado — disse ela, acordando sobressaltada de mais um sonho perturbador. — As vozes... estão sendo silenciadas à força.
Lys, sentada perto da fogueira, ergueu os olhos. — Silenciadas? Como se... fossem apagadas?
— Como se alguém estivesse... devorando os gritos — completou Ilyra. — Há lendas sobre criaturas que vivem nas margens do véu. Aqueles que se alimentam da dor reprimida.
Elara est