Narrado por Bruna
Logo, a porta do cofre se fecha, e vejo Maitê se encolher no canto, claramente afetada pela tensão no ar. Como já estou acostumada com essas invasões, continuo conversando com o Fumaça, sem perceber o passar das horas. O cofre, mais frio do que as pessoas imaginam, faz meu corpo se arrepiar. Fumaça percebe e me abraça, envolvendo-me com seus braços. Tento me acalmar, mas o som dos tiros ainda ecoa lá fora, e o medo se instala em meu peito.
Horas depois, o barulho de algo sendo aberto dentro do cofre me faz estremecer. Meu corpo entra em alerta imediato, e uma sensação de pavor toma conta de mim. A porta do cofre se abre, e vejo meu irmão parado ali, com Sombra ao seu lado. O olhar dele em minha direção é gélido, cheio de ódio, e me sinto desconfortável, embora eu saiba que ele não está ali para me machucar.
Maitê, com o coração acelerado, corre até meu irmão, jogando-se em seus braços. É visível o quanto eles se amam, mas, ao mesmo tempo, temo pelo que possa acontec