Narrado por Bruna
A pressa nos guiava, e tudo o que conseguimos fazer foi pegar as coisas essenciais e sair do Brasil, sem sequer dar uma última olhada ao nosso redor. O sentimento era de urgência, de que cada segundo contado poderia ser o último. O que nos restava agora era fugir, fugir para um lugar onde os fantasmas do passado não pudessem nos alcançar.
No aeroporto, a adrenalina tomava conta de mim. Estava tremula, sem saber ao certo o que o futuro nos reservava, mas o que importava era que precisávamos sair. O mais rápido possível. O medo estava presente em cada passo que dávamos, mas ao mesmo tempo, havia uma sensação de libertação. Ao olharmos para o embarque, as luzes do avião já estavam piscando, chamando-nos para o desconhecido.
A fila do check-in era longa, mas rapidamente conseguimos passar, sem mais delongas. A única coisa que nos restava era seguir em frente. No momento em que passamos pelo scanner, o peso da responsabilidade se intensificou, mas, em silêncio, seguimos p