Narrado por Fumaça
Desligo o telefone e me dirijo à sala do Lúcifer.
— Opa, parceiro, preciso resolver um problema pessoal. Mais tarde eu volto aqui — informo.
— Tudo bem, vai lá. Se precisar de alguma coisa, é só me chamar — ele responde, compreensivo.
Saio e me dirijo à casa dele, onde está a Maitê. Assim que chego ao portão, o segurança me permite entrar, e eu começo a procurar por ela, chamando seu nome.
— Maitê, onde você está? — Vou chamando por toda a casa, mas não há sinal dela.
Entro no quarto onde ela dorme com o Lúcifer e a encontro sentada no chão, os olhos vermelhos e as lágrimas escorrendo. O som de seu choro apertou meu peito de uma forma que eu não sabia mais sentir.
— Claro, vou com você. Você não precisa passar por isso sozinha — respondo, tentando confortá-la.
Ela assente, ainda soluçando, e nos preparamos para sair juntos. À medida que saímos, vejo a expressão dela, uma mistura de medo e esperança. Ela tenta disfarçar, mas é impossível esconder o tormento em seus