Narrado por Lorde
Depois do surto da Maitê, tentei acalmá-la, mas a raiva dela era evidente. Eu sabia que não seria fácil. Passei direto para a boca, buscando uma distração, mas ao chegar lá, percebi que mais uma carga nossa havia sido roubada pelos ratos. Já passava das 23 horas, e eu ainda não conseguia ir para casa. A tensão estava me corroendo, e, como sempre, fui até o bar do seu Zé. Precisava de algo para relaxar, ou pelo menos para esquecer a sensação de que estava perdendo o controle.
Foi quando a vi. Uma ruiva, nunca antes vista no morro, e imediatamente me chamou a atenção. Era linda, pequena, e, sim, extremamente gostosa. Mas, por algum motivo, mantive distância. Sabia que tinha alguém me esperando em casa. Maitê. E, apesar de tudo, eu ainda me importava com ela — ou pelo menos queria acreditar que sim.
Bebi, como sempre faço quando a raiva me consome. O álcool ajudava a suavizar a dor, mesmo que temporariamente. Quando percebi, já era tarde demais. A ruiva estava sentada