Narrado por Bruna
Meu nome é Bruna, mas os mais próximos me chamam de Bubu. Sou morena, tenho 1,63m de altura, cabelos pretos e ondulados, e um sorriso que, apesar de tudo, insiste em resistir à dor. Mesmo depois de tudo o que aconteceu, continuo tentando manter minha essência: alegre, carinhosa e divertida. Estou no último semestre do curso de Enfermagem. Cada aula, cada estágio, é uma tentativa de construir um futuro diferente — um onde a dor do passado não defina quem eu sou.
Houve um tempo em que minha vida era, de certa forma, tranquila. A gente sabia dos perigos ao nosso redor, claro. Afinal, eu sou filha do homem mais temido do Complexo. Mas mesmo com a tensão constante, a rotina era boa. Éramos unidos, tínhamos nossos momentos. Minha mãe, meu pai, meu irmão e eu.
Nunca fui de ter muitas amigas. As poucas que se aproximavam, na maioria das vezes, queriam mesmo era chegar perto do meu irmão. E mesmo assim, éramos felizes… até o dia em que tudo desabou.
Já ouviu aquela frase: “Na