Mariana caminhava pelos corredores do hospital, tentando manter a compostura. A pressão das dívidas e as ameaças do pai não saíam de sua cabeça.
Ao avistar Gabriel conversando com Alice, seu desconforto só aumentou. Não havia nada sério entre eles – ela sabia que compromissos não cabiam em suas vidas naquele momento.
— Ei, você tem certeza que está bem? — a voz de Clara soou ao seu lado. Ela estava organizando prontuários, mas mantinha os olhos atentos em Mariana.
Mariana respirou fundo, evitando encará-la.
— Estou. Só cansaço.
Clara a observou com um olhar penetrante, claramente não convencida.
— Você diz isso todos os dias, mas parece mais preocupada do que cansada.
Mariana deu de ombros, desviando o olhar.
— Muita coisa pra lidar. Vai passar.
— Sei... — Clara murmurou, mas seu olhar indicava que ela ainda estava atenta.
Mariana caminhava em direção à saída, exausta tanto física quanto mentalmente. Ela sabia que as mensagens do pai já estavam esperando no celula