O volante parecia mais pesado do que nunca.
 A estrada se estendia diante de mim, longa e silenciosa, enquanto o sol pintava timidamente o céu entre nuvens carregadas. O vento batia contra o vidro, mas eu mal percebia.
 Minha mente não parava de repetir as palavras da Isabella “O seu pai está vivo.”
 Vivo.
 Essas cinco letras queimavam dentro de mim como ferro em brasa.
 Eu pensava no rosto dele, no som da risada,
no toque firme das mãos quando me ensinava a atirar, a lutar, a ser forte.
Durante anos, acreditei que aquele homem estava morto. E agora, depois de tudo, descobrir que ele estava escondido... respirando o mesmo ar que eu, talvez me odiando, talvez me culpando... era mais do que eu podia suportar.
 A raiva e a esperança se misturavam dentro de mim. Eu acelerava sem perceber, o motor rugindo enquanto o coração martelava no peito.
 Giulietta tinha respostas, e se não quisesse me dar, eu as arrancaria.
 Quando parei o carro diante do portão da mansão, o sol se se escondeu. Com