Entrei na sala com a postura mais séria que consegui assumir. Precisava conter todas as emoções e me agarrar ao profissionalismo.
“ Doutor Ravelli, em que posso ajudar?”
Perguntei, firme.
Margareth me olhou com aquele sorriso falso e venenoso, levantando-se como se fosse uma dama cordial. Fingiu me cumprimentar, e eu aceitei apenas por educação. O clima ali era sufocante, como se o ar pesasse entre nós duas. Nesse instante, Miguel entrou na sala, quebrando por alguns segundos a tensão.
Os quatro nos sentamos para discutir o caso do pai de Margareth.
ETHAN: Doutora Fontana, preciso que vá até a décima regional para averiguar a denúncia contra o senhor Lauro. Ele é cliente do escritório e pai da Margareth.
Disse Ethan, a voz firme.
“Sim, senhor” Respondi, mantendo a neutralidade.
Senti o olhar dele sobre mim, quase como se tentasse decifrar a calma que eu demonstrava. Nem ele parecia acreditar que eu aceitara a tarefa sem questionar.
Margareth, como sempre, não perdeu a chance