Ainda sentia o gosto do beijo dele nos meus lábios quando a porta se abriu e Ethan segurou minha mão com firmeza. Eu não queria soltar. Talvez ele também não. Saímos juntos, os dedos entrelaçados como se aquilo fosse natural, inevitável, e por um instante esqueci completamente do caos que tinha acontecido minutos antes.
A sala estava impecável. Nada de corpos, nada de sangue, nada do terror que tinha gelado minha espinha. Parecia uma casa de revista: limpa, silenciosa, quase acolhedora demais para quem tinha visto a morte rondar tão de perto. Meu coração disparou, mas agora por outro motivo.
E então eu vi. Um homem parado perto da janela. Bonito. Alto. Ombros largos. Aquelas mãos grandes exibiam tatuagens negras que subiam pelos braços até o pescoço. Um traço firme, desenhos que gritavam perigo e, ao mesmo tempo, poder.
Ethan parou ao meu lado, ainda segurando minha mão, e apresentou com um tom tranquilo, quase orgulhoso:
ETHAN: Ella, esse é o James… meu chefe de segurança.
O hom