Sophia sempre acreditou que a paciência era a arma mais letal que alguém poderia ter. E naquele momento, ela a afiava com precisão. Elisa já confiava nela o suficiente para aceitar caronas, conselhos e até convites casuais para tomar um café. Era o que Sophia precisava: proximidade.
Por trás dos sorrisos e das conversas aparentemente inofensivas, havia um trabalho meticuloso em andamento. Ela tinha um caderno escondido em sua bolsa ... um diário de observações que não tinha nada de romântico. Era um mapa da rotina de Elisa.
“Segunda-feira, 09:15 – consulta pré-natal na clínica. Chegada com motorista da família, saída sozinha para a floricultura da esquina.”
“Quarta-feira, 14:30 – reunião na fundação, seguida de passeio no jardim. Seguranças distraídos com montagem do evento.”
“Quinta-feira, 19:00 – jantar só com Eduardo. O carro para no portão lateral. Pouca iluminação na entrada.”
Cada detalhe era anotado com frieza. Sophia estudava as vulnerabilidades como quem examina o ponto fraco