A gestação de Elisa já avançava pelo sétimo mês. Seus passos agora eram mais lentos, mas cheios de serenidade. O corpo, transformado pela maternidade, ganhava novas curvas, e o brilho nos olhos crescia a cada chutezinho dos gêmeos. Eduardo a olhava como se estivesse descobrindo uma obra-prima todos os dias. Era como se o tempo tivesse finalmente dado a eles a recompensa por tudo o que viveram ... e sobreviveram.
Naquela tarde, decidiram dar um passeio tranquilo pelo shopping. Elisa queria escolher os últimos detalhes do enxoval, e Eduardo, sempre atento, fazia questão de carregar as sacolas, oferecer água a cada meia hora e verificar se ela precisava sentar.
Você está exagerando ... ela disse, entre risos, sentando-se na praça de alimentação depois de experimentar alguns sapatinhos minúsculos de tricô. ... Estou grávida, não de porcelana.
Para mim, você sempre será uma raridade. E agora carrega dois diamantes.
Ela rolou os olhos, fingindo impaciência, mas sorriu com o coração le