A apresentação beneficente virou notícia em todos os jornais e sites do país. Fotos de Elisa no palco, com o violino nos braços e os olhos marejados, tomaram conta das redes sociais. As imagens das crianças dançando com ela emocionaram o público e despertaram o olhar de investidores, críticos de arte e profissionais da saúde.
Mas, mais do que isso, tocaram corações.
Convites começaram a surgir nos dias seguintes: orquestras internacionais, companhias de dança, clínicas renomadas e até universidades a chamando para palestras. O telefone da fundação não parava. E-mails, cartas, flores, propostas.
Eduardo sorria orgulhoso ao ver tudo aquilo se espalhando. Mas quando a enxergava em silêncio, sentada na varanda com um chá nas mãos, ele sabia: Elisa precisava de tempo.
Ela, por sua vez, não se deixou deslumbrar. Leu cada carta com carinho, ouviu cada proposta com respeito, mas o coração... o coração dela estava calmo. Pela primeira vez, ela não sentia aquela ansiedade de dizer "sim" par