Os dias corriam com a harmonia tranquila de uma vida construída a dois. Eduardo mergulhava em reuniões, novos investidores e estratégias de crescimento para os projetos ligados à fundação. Já Elisa dedicava-se intensamente à ampliação dos programas de arte e movimento no tratamento das crianças, com o brilho de quem via florescer algo muito maior do que esperava.
A fundação era, agora, um organismo vivo, salas ocupadas por notas musicais, corredores cheios de passos infantis, vozes, sonhos e pequenos milagres.
Numa manhã de terça-feira, durante o café, Eduardo folheava um relatório quando parou, pensativo.
Sabe o que falta? perguntou, sem levantar os olhos.
Mais tempo pra descansar? respondeu Elisa, divertida.
Ele sorriu.
Também. Mas pensei em algo diferente. Algo que mostre ao mundo o impacto real da fundação. Uma apresentação.
Ela ergueu as sobrancelhas.
Uma apresentação?
Sim. Uma noite especial: dança, música, uma pequena mostra do que fazemos com as crianças. E n