Meus dedos apertam os dele, e por um instante, vejo o homem por trás da lenda. O Dante que ninguém conhecia. O Dante que não era apenas um ex-traficante ou um líder perigoso, mas alguém que fazia diferença na vida de outras pessoas sem esperar nada em troca.
Ele suspira, desviando o olhar para a mesa farta entre nós. Pratos cuidadosamente preparados, aromas deliciosos no ar, a promessa de um jantar que poderia ser agradável se não estivéssemos presos a essa conversa difícil. O silêncio se alonga entre nós, pesado, mas não desconfortável.
Preciso falar com ele. Sobre algo que pode mudar os nossos planos.
— Dante… — chamo, e ele levanta os olhos. — Eu não vou sair da corporação tão rápido quanto imaginei.
Seu olhar se estreita. Ele solta minha mão devagar e alcança um pedaço de pão crocante, mordendo-o sem pressa, como se precisasse de algo sólido antes de responder.
— O que você quer dizer com isso?
Respiro fundo, sabendo que essa conversa precisa ser direta.
— Eles abrirão uma sindi