Eu aceito. Se isso implica ficar com você pelo resto da minha vida, eu aceito.
Meu coração martela contra o peito, minha mente um turbilhão de sentimentos conflitantes. Mas antes que ele atravesse a porta, as palavras escapam dos meus lábios:
— Tudo bem…
Dante para no mesmo instante. Seu corpo enrijece, como se estivesse segurando a respiração. Lentamente, ele se vira para mim, seus olhos varrendo meu rosto, buscando entender o que aquilo significa.
Respiro fundo, reunindo coragem. Dou um passo em sua direção. Meu coração está uma bagunça, mas sei que não posso deixá-lo partir sem dizer isso.
— Mas será do meu jeito.
Seus olhos se estreitam. Ele não fala nada, apenas me observa, como se esperasse que eu o destruísse ou o salvasse de vez.
Seguro seu braço, sentindo o calor febril de sua pele.
— Vem, se senta no sofá e eu explico tudo.
Ele se deixa levar ao sofá de três lugares. Dante se senta pesadamente ao meu lado, os ombros rígidos, o peito subindo e descendo em respirações pesadas. Seu corpo ainda oscila, a febre cobrando seu preço, mas ele se mantém firme, me