Dante, por favor, me escute.
Quarta-feira, dias depois....
Isabela
Passo o dia com Alice. Pela manhã, lemos juntas um livro infantil e depois desenhamos com os lápis de cor e as canetinhas que Rafael comprou para ela. Alice adora desenhar corações e pequenas casinhas, e eu me pego sorrindo ao observar a delicadeza dos seus traços. Há algo de puro nela que me faz querer protegê-la de tudo.
À tardezinha, quando o sol perde a força, levo-a ao parquinho. Ela logo faz uma nova amizade com uma garotinha de sua idade, que está acompanhada da irmã mais velha. O tempo passa voando entre risadas e brincadeiras, e saímos tarde, quase escurecendo.
Ao chegarmos ao prédio, o elevador se abre no hall e ouço vozes exaltadas. Meu corpo imediatamente entra em alerta. É Rafael discutindo com Dante.
Meu coração aperta. Alice estremece ao meu lado e aperta minha mão, os olhos cheios de medo.
— Eles estão brigando — ela murmura, a voz trêmula, já pronta para chorar.
Respiro fundo, buscando a melhor forma de lidar com a situação.
— Vai