O som incessante dos flashes e microfones ecoava pela entrada principal da Alcântara. Repórteres se amontoavam como abutres à espera de carniça, bloqueando completamente a passagem de funcionários e executivos. As manchetes já haviam tomado conta da internet, manchetes que colocavam em xeque a credibilidade da empresa… e, mais grave ainda, a de Isadora e Dominic.
“CEO em escândalo de relacionamento com diretora”, “Relação íntima compromete decisões da diretoria”, “Alcântara em crise ética”.
Do alto do prédio, Dominic observava tudo pela janela de vidro, a mandíbula cerrada. Ao seu lado, Isadora sentia o peso do momento como um soco no estômago. Eles haviam sido expostos, jogados aos lobos, e a matilha estava faminta.
— O conselho marcou uma reunião para daqui a uma hora — disse Dominic, rompendo o silêncio. — Querem nos ouvir… ou nos julgar.
— E você acha que ainda há espaço para diálogo? Eles querem sangue, Dominic.
Ele respirou fundo, controlando a raiva.
— Eles vão tentar nos afast