A noite mal havia começado, mas o caos parecia não dar trégua.
Isadora revivia em looping o vídeo que recebera. As vozes de seu pai e de Marcos Alcântara ecoavam como facas afiadas em sua mente, cortando tudo que ainda restava de confiança. Seu nome estava atrelado a uma fraude, e aquilo podia arruinar não apenas sua carreira, mas sua liberdade.
— Eu era só uma estagiária — repetia, tentando se convencer. — Eu não sabia de nada.
— E eles sabem disso. Mas não vão hesitar em usar isso contra você — disse Dominic, os olhos fixos na tela do computador, analisando os documentos. — Não podemos esperar que joguem limpo. Precisamos nos antecipar.
Antes que ele continuasse, o celular de Isadora vibrou. Um número desconhecido. Ela quase ignorou, mas algo dentro dela a fez atender.
— Alô?
— Isadora Procópio. Não desligue. Sei tudo o que está acontecendo… e posso te ajudar.
A voz masculina era grave, com um tom frio, quase calculado.
— Quem está falando?
— Alguém do seu passado. Alguém que também