Dominic encarava a notificação no celular como se ela tivesse o poder de redefinir sua existência. O mundo parecia em silêncio, suspenso. Tudo ao seu redor desaparecia, menos aquela mensagem: “Resultado do teste genético disponível.”
Seu dedo pairou sobre a tela por longos segundos. Um simples toque o separava da verdade — uma verdade que poderia libertá-lo ou destruí-lo.
Respirou fundo. Abriu o aplicativo.
Leu.
E congelou.
As palavras estavam ali, frias, científicas, inquestionáveis:
“Resultado: não há vínculo genético direto entre Dominic Cruz e Isadora Teixeira. Resultado negativo para paternidade compartilhada.”
Por um momento, ele achou que tinha lido errado. Mas não. Leu de novo. E de novo. Até que as lágrimas surgiram nos cantos dos olhos, e um riso nervoso escapou de sua garganta.
Eles não eram irmãos.
Não eram sangue.
A verdade, enfim, os libertava.
Mas o alívio rapidamente foi engolido por outra emoção: medo.
Porque enquanto lutavam para entender a própria história, o mundo