O avião cruzava as nuvens pesadas com esforço, como se o próprio céu resistisse à chegada deles.
Noruega.
Era ali que as coordenadas enviadas por Cael levavam. Um ponto remoto, sem qualquer construção visível. Mas, segundo os arquivos, abaixo daquelas montanhas havia um dos últimos centros ativos do Projeto H.
Helena estava sentada, observando o branco infinito pela janela. Ao seu lado, Eva dormia com os olhos entreabertos — um hábito que nunca perdera. Noah lia os detalhes técnicos da missão, com uma tensão clara nos ombros.
— Ainda acha que podemos confiar no Cael? — ele perguntou, sem desviar os olhos da tela.
— Não. Mas confio no que ele teme — respondeu Helena. — E ele teme Dominus.
O pouso foi feito a quilômetros do ponto principal. A equipe caminhou horas entre neve, gelo e silêncio absoluto até chegarem ao local exato.
Nada.
Apenas uma pedra lisa e grande o suficiente para esconder algo. Noah ativou o decodificador de pulsos térmicos. Em poucos minutos, o contorno surgiu no vi