O som dos saltos de Helena ecoava pelo hall da Torres Corporation. Cada passo seu refletia sua nova postura: altiva, segura, e dona de si. Não era mais a mulher que se encolhia diante dos julgamentos da família. Era uma mulher que agora dominava salas, olhares e, principalmente, o próprio destino.
A notícia da soltura de Gabriel, Carlos e Isadora ainda repercutia, mas, estranhamente, eles estavam mais calados do que nunca. Nenhuma tentativa de contato. Nenhuma aparição inesperada. Apenas silêncio.
— O silêncio de um inimigo nunca é um bom sinal... — pensou, ajeitando a alça da bolsa no ombro.
Ao entrar na sala de Leonardo, encontrou-o de pé, diante da janela, observando a cidade. A expressão no rosto dele não era de preocupação. Era de frieza. De quem estava dois passos à frente dos problemas.
— Bom dia. — Ela se aproximou, e ele virou-se imediatamente, abrindo um meio sorriso, aquele que só aparecia quando a olhava.
— Bom dia, esposa. — A voz saiu mais baixa, quase rouca, fazendo-a ar