A notícia chegou logo pela manhã, com a mesma brutalidade de um soco bem dado.
— “Alguém invadiu o sistema da fundação.”
Júlia mal conseguia respirar quando entrou correndo no escritório de Helena. O rosto estava branco, e as mãos trêmulas seguravam o notebook como quem carrega uma bomba prestes a explodir.
— O quê? — Helena se levantou de imediato. — O que aconteceu?
— Todos os arquivos dos nossos projetos sociais, listas de doadores, dados bancários… tudo foi exposto. Estão vazando nas redes como se a gente estivesse lavando dinheiro. Estão dizendo que usamos a fundação como fachada!
Leonardo entrou logo depois, avisado por um funcionário. Não era mais só um ataque virtual — era uma operação coordenada.
— Isso foi arquitetado. Não é coincidência que isso esteja acontecendo justamente agora, depois do documentário — analisou ele, já pegando o telefone para ligar para advogados e especialistas em cibersegurança.
Helena apertou os olhos, tentando manter a calma. Mas no fundo, sentia o