Os dias seguintes ao surgimento de Silas Guerra foram como caminhar em um campo minado. O mundo ao redor de Helena parecia tranquilo demais — e ela sabia, por instinto, que isso era o maior dos perigos.
Leonardo caminhava ao seu lado em silêncio, dentro do grande auditório onde aconteceria uma coletiva de imprensa para anunciar o novo programa social da fundação. Tudo parecia impecável, mas cada olhar, cada jornalista e cada clique de câmera soava como uma ameaça velada.
— Tem certeza de que devemos fazer isso publicamente? — ele perguntou, enquanto ajeitava o colarinho da camisa.
— Exatamente por isso — respondeu Helena, com a expressão firme. — Silas opera nas sombras. Se eu desaparecer ou recuar agora, ele vence. E eu já cansei de perder.
Enquanto ela subia ao palco, entre aplausos tímidos e câmeras apontadas, uma figura observava tudo do fundo do salão, disfarçada entre os convidados. Silas Guerra estava ali.
Mais tarde, nos bastidores do evento, Helena recebeu um envelope preto,