Os dias seguintes à coletiva foram uma avalanche. A imagem de Duarte Martins começou a ruir diante da opinião pública. Manchetes como “Empresário investigado por corrupção e fraude” se multiplicavam, e os antigos aliados começaram a se distanciar.
Mas para Helena, a batalha estava longe do fim.
Na manhã de segunda-feira, ela chegou à empresa e foi recebida por olhares desconfiados e sussurros. Quando entrou na sala de reuniões, onde teria um encontro com os diretores do conselho, soube que algo estava errado.
— Sinto muito, Helena — disse um dos membros, visivelmente desconfortável —, mas diante da repercussão dos últimos dias, alguns investidores pediram sua retirada temporária da presidência da fundação Martins.
— O quê? — ela perguntou, incrédula.
— Não é uma demissão. É uma suspensão. Até que as investigações estejam concluídas.
Helena engoliu a raiva. Sabia que era obra de Duarte. Um contra-ataque sujo, mas previsível.
— Entendo. — Ela se levantou, mantendo a dignidade. — Só esper