A noite caía sobre a cidade, pintando o céu de tons escuros enquanto uma tempestade se armava no horizonte. Dentro do escritório de Leonardo, os documentos estavam espalhados sobre a mesa. Helena se manteve em pé, observando os papéis como se buscasse extrair deles algo mais do que palavras: respostas.
— Duarte não é apenas um nome perdido no passado — ela começou. — Ele é a sombra por trás de tudo. Dos Ferraz. Dos Monteiro. De cada queda, cada erro calculado.
— Ele se escondeu bem — disse Leonardo, lendo uma ficha discreta com dados financeiros. — Empresas-fantasma, doações políticas, contratos com o governo. Esse homem existe há décadas sem jamais ser notado de verdade.
— E agora resolveu mostrar os dentes.
Helena se sentou, exausta. Os últimos dias haviam sido uma corrida contra o tempo, contra memórias, mentiras e inimigos invisíveis. E mesmo com tudo que já havia descoberto, sentia que ainda estava apenas arranhando a superfície.
— Precisamos de mais — disse ela. — Um movimento e