O silêncio que se seguiu após a saída de Carlos era quase sufocante. Helena permanecia imóvel, os olhos fixos em Leonardo, tentando entender cada palavra, cada gesto, cada tom do que ele dissera.
Ele respirou fundo, passando as mãos pelos cabelos, como se buscasse coragem para continuar. Caminhou até o bar da sala, serviu-se de uma dose de uísque, mas sequer levou aos lábios. Apenas segurou o copo, apertando-o, lutando com os próprios pensamentos.
— Acho que está na hora de te contar tudo, Helena. Sem máscaras. Sem joguinhos. Sem contratos. — sua voz era grave, carregada de tensão.
Helena cruzou os braços, tensa. — Então fale. Porque depois do que você disse… eu preciso entender. Preciso saber se tudo isso... — ela gesticulou no ar, referindo-se a eles, — foi real. Ou só mais uma mentira bonita disfarçada de vingança.
Leonardo se aproximou, parando à sua frente. Seus olhos estavam mais escuros do que nunca. — Você se lembra… daquela vez que sua mãe sofreu um acidente, muitos anos atrá