Clarence entrou no carro, ajeitou-se no banco de couro macio e soltou um suspiro longo. Adam, ainda em pé, fez questão de fechar a porta para a mãe e, antes de se sentar, tocou discretamente no painel de comando, acionando o vidro de privacidade que isolava a comunicação com o motorista. Quando se acomodou ao lado dela, o silêncio foi quebrado pela voz suave e comovida de Clarence.
— Meu filho… como a Márcia está abatida. — Ela balançou a cabeça, pensativa. — Trabalhou tanto, se doou tanto, e ainda assim carrega aquele semblante de cansaço.Ela virou-se para ele, os olhos marejados, mas com um sorriso orgulhoso.— Mas você… hoje me surpreendeu. Você mostrou um lado que eu nunca tinha visto com tanta clareza. Um lado mais humano, mais justo. Não só disse que iria mudar a posição da Ava dentro da empresa, como também ofereceu uma oportunidade à irmã dela… e ainda vai pagar a faculdade daquela menina. Sem falar no emprego para o pai delas.Clarence respir