A Confissão e a Resposta
Respirei fundo. O ar parecia pesado dentro daquela sala, como se cada palavra dita minutos atrás ainda estivesse suspensa, vibrando em torno de nós. Olhei para ele — Adam. Aquele homem que até pouco tempo eu via apenas como o chefe arrogante, o filho do patrão, envolto em poder, dinheiro e mistério. Agora, diante de mim, parecia... despido. Não fisicamente, mas emocionalmente. Ele havia aberto o coração, revelado segredos que eu jamais imaginaria ouvir, e o fez sem titubear, sem máscaras.E agora? — pensei. Que resposta eu dou para um homem que acabou de me confessar que era um dominador? Que frequentava clubes, que mergulhou em um vício para se esconder da dor de ser subjugado pelo próprio pai?Engoli seco, minhas mãos ainda tremiam um pouco sobre a borda da xícara que eu havia levado. Podia ouvir o próprio coração, como se cada batida ecoasse na sala inteira. E ele estava ali, me olhando com uma esperança crua nos olhos