O ronco do motor preenchia o silêncio pesado dentro do Porsche, enquanto as ruas de Zurique passavam como borrões pela janela. Camila apertava os dedos uns contra os outros, tentando manter o controle da própria respiração, mesmo quando tudo ao redor parecia prestes a desabar.
— Eles estão fechando o perímetro — informou Alexandre, os olhos presos no tablet de rastreamento. — Se não sairmos dessa zona nos próximos cinco minutos, estaremos encurralados.
Rodrigo apertou ainda mais o volante, as veias saltando em seus braços.
— Eu conheço essas ruas melhor do que qualquer um deles. — Sua voz soou sombria, firme, como se aquele jogo de vida e morte fosse mais um dia comum. — Eles podem ter poder, dinheiro e homens… mas nunca terão minha cabeça.
Leonardo olhava pelo retrovisor, conferindo cada movimento dos SUVs que vinham logo atrás. Sua mão apertava a arma, o maxilar rígido e os olhos faiscando entre determinação e ódio.
— Camila, se eu te disser para abaixar, você abaixa. Sem discutir.